O título do livro pode sugerir inúmeras interpretações e na verdade é o que acontece. Mas quando nos propomos a conhecê-lo na íntegra percebemos que ele é composto de muitas linguagens, onde o amor, sempre prima pela dosagem exata e bem distribuída em todos os tópicos.

O autor, Evaldo de Paula Moreira, que tivemos a grata satisfação de conhecer na Bienal de Ubá, natural de Rodeio, viveu sua infância em Córrego de São Pedro, região rural de Ubá, seguindo depois para grandes cidades, onde apesar de toda a acolhida que teve, manteve na memória e no coração, toda a simplicidade e sentimentos guardados de sua infância. Para extravasar a saudade e reverenciar suas origens, reuniu diversos contos nesse livro, cuja leitura detalhada e cheia de emoção, vai levando o leitor por viagens fascinantes, capaz de tocar o coração de todos aqueles que um dia tiveram suas raízes fincadas no interior mesmo não sendo da região que o livro aborda.

Unindo uma habilidade impressionante de redação e desenhos (toda a ilustração do livro é do autor), temas como, “ A luz da Lamparina”, “O gosto da rapadura”,”Batata doce assada”,” Mina d’água” e tantos outros, vão tomando vida e forma pela sua redação e traço poético e embalando os sonhos e as lembranças de quem já teve o prazer de viver no interior.

Nem bem havíamos começado a leitura e já estávamos recomendando o livro a todos que se aproximavam de nosso stand em Ubá. Agora, depois de lermos e relermos os contos, achamos por bem recomendá-lo aqui em nosso jornal onde procuramos sempre sugerir o melhor para nossos leitores.

O livro de Evaldo é um convite a um mergulho no tempo, em busca da felicidade e da saudade que sempre trazemos guardada em nosso interior. É uma oportunidade especial de encontrar a felicidade em pequenos detalhes, que só as cidades do interior possuem. E como dizia o grande compositor Goyá, …Eu gosto da vida e também da cidade e sei que existe a felicidade, mas deve ser filha do interior”. Frase que somente quem pode vivenciar a vida na roça, que acordou com o canto dos pássaros e foi se deitar com o sol no horizonte contrastando com a fumaça do trem e o cantar do nhambu na “paiada” é capaz de entender. E felizes são esses privilegiados! ( Domingos Antunes Guimarães – jornalista – escritor e apaixonado pela vida simples do interior)

Serviço: O amor não fica velho

Autor: Evaldo de Paula Moreira

Lançamento: 2017 pela GRYPHON Edições

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