O Colégio Salesiano Dom Bosco de Araxá lança, com exclusividade, um livro que instiga diversas reflexões em adultos e crianças.

Depois de escrever um livro inteiro sem a vogal A, o araxaense Domingos Antunes Guimarães lança um novo livro (desta vez voltado para o público infantil) e se supera com sua prática em lipogramas (escrita reduzida), escrevendo cinco páginas sem usar cada uma das vogais em seu novo trabalho. Liporema Meropil: Na Floresta de Alfabeto e o Sumiço das Vogais tem o apoio cultural da CBMM e do Colégio Salesiano Dom Bosco de Araxá.

Ex-aluno do Colégio, Domingos teve sua obra avaliada pelo Padre Jovandir Batista da Silva, atual diretor. Quando o original ainda estava no rascunho, Jovandir percebeu a dimensão do trabalho, oferecendo imediato apoio cultural e logístico para o lançamento, a ocorrer no dia 18 de agosto.

Com diversas críticas positivas de pessoas ligadas à educação, o livro já tem outros lançamentos programados em Araxá, Belo Horizonte e São Paulo. Em sua maioria em estabelecimentos de ensino, onde é aguardado com grande expectativa.

Sinopse: LIPOREMA MEROPIL é um duende apaixonado pelas letras e suas curiosidades, como lipogramas, palíndromos e o próprio alfabeto. Um dia ele teve um sonho bastante maluco. Sonhou que estava perdido em uma floresta de alfabeto com todas as letras se movimentando ao seu redor.

De repente, ele percebeu algo estranho: a vogal A desapareceu. E, por mais que ele tentasse não conseguiu encontrá-la. Teve que se expressar de improviso sem o uso da vogal fujona até conseguir recuperá-la. Mas para seu desespero, quando o A retornou, a vogal E desaparece. Diante desse sufoco, nosso apavorado amiguinho vai se desdobrando na criatividade para suprir cada uma das vogais enquanto tenta recuperar uma a uma.

E nessa fantástica viagem, Liporema Meropil passa por situações diversas e inusitadas. Ao final, consegue compreender a mensagem deixada por aquele sonho maluco e cheio de aventuras.

O livro instiga reflexões em adultos e crianças, podendo ser utilizado de diversas maneiras:

• Como um divertido entretenimento;
• Como objeto de rodas de conversas, de grupos terapêuticos, de contação de histórias, debates, teatros e/ou musicais;
• Como referência didática para o ensino fundamental;
• Como presente para um amigo querido;
• Enfim, como a imaginação guiar.

Todas essas e muitas outras possibilidades estão presentes na obra por alguns motivos

A começar pelo nome do personagem que é um palíndromo, podendo ser lido da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, que abre diversas possibilidades para estimular a criatividade dos leitores.

Em razão da supressão de vogais, pesquisas a respeito de lipogramas ou outras formas de se pensar a linguagem poderão ser propostas como uma maneira de ampliar o conhecimento das crianças e instigá-las na superação de desafios linguísticos, como a escrita sem o uso das vogais.

Outro ponto de destaque no texto, que pode ser objeto de trabalho em sala de aula, diz respeito ao uso de escrita abreviada em mensagens de textos via celulares e suas repercussões na atualidade.

Além disso, por meio de um olhar mais aprofundado é possível encontrar na obra profundas metáforas do alfabeto e da ausência das vogais com a existência humana: o incômodo provocado em nós pelo diferente, o nosso desejo inconsciente – e impossível – de ordenação do cosmos em torno de uma exatidão utópica, a superação diante de obstáculos aparentemente intransponíveis, dentre outros temas existenciais que vão sendo descobertos a partir do desvelar das camadas de um livro – aparentemente infanto-juvenil.

O autor: Domingos Antunes Guimarães

Depois de participar do FLIPOÇOS em Poços de Caldas com seu livro Conceitos e Conclusões (livro todo escrito sem a letra A) e perceber o interesse das crianças por essa curiosidade linguística, Domingos resolveu aproveitar esse incentivo e escrever um livro dentro dos mesmos moldes (em forma de lipograma), mas com o conteúdo totalmente voltado para o público infantil.

A inspiração para esse novo trabalho surpreendeu até mesmo o próprio autor, já que os resultados obtidos alcançaram proporções bem além do esperado e em tempo recorde de conclusão. Domingos deixa bem claro o imenso orgulho de ter o lançamento do livro no Colégio Salesiano Dom Bosco Araxá, onde foi aluno.

A etapa seguinte definida foi a ilustração do livro, que foi concedida a Wagner Matias Andrade, um artista altamente qualificado, também araxaense, que resolveu aceitar o desafio apesar do curto espaço de tempo para o lançamento da obra. E além de realizar um belíssimo trabalho de ilustração, usou de seu profundo conhecimento para criar situações de interatividade com os leitores mostrando bem sua grande capacidade de lidar com o público.