Hematologista da Unimed Araxá explica causas e consequências para o organismo
A ferritina é uma proteína produzida pelo fígado. Sua principal função é estocar moléculas de ferro para subsidiar a produção de glóbulos vermelhos. A dosagem desta proteína, feita por meio de exames de sangue, é de suma importância na investigação de síndromes anêmicas, bem como na determinação de doenças inflamatórias. “Níveis baixos de ferritina são úteis no diagnóstico e manejo das anemias por deficiência de ferro. Eles são relativamente frequentes na infância e em mulheres em idade fértil, nesse último grupo decorrente do volume menstrual aumentado. O tratamento baseia-se na reposição de ferro, seja por via oral ou em casos selecionados por via endovenosa”, ressalta o hematologista da Unimed Araxá, Leandro Gustavo de Oliveira.
Nos últimos anos, houve um crescimento expressivo no número de pacientes com níveis elevados de ferritina. A grande maioria por um mecanismo inflamatório, seja ele por doenças crônicas (insuficiência cardíaca), condições dismetabólicas (diabetes mellitus, esteatose hepática, obesidade e dislipidemia) ou por uso abusivo de álcool. “O grande diferencial dessas condições é que o tratamento não deve ser realizado com sangrias, mas com controle da condição de base, seja com exercícios, alimentação balanceada, perda de peso ou uso correto das medicações para controle do diabetes, colesterol ou insuficiência cardíaca. Nos casos envolvendo o uso abusivo de álcool, a suspensão ou redução drástica do consumo é a regra”, explica.
Além dessas, consideram-se ainda as causas infecciosas, como a infecção por coronavírus e dengue, ambas na fase aguda da doença. A ferritina expressa nestes casos o nível inflamatório desencadeado pelo agente infeccioso. “Espera-se que a normalização dos níveis de ferritina acompanhe a cura da condição infecciosa”, ressalta Dr. Leandro.
Uma das causas de hiperferritinemia, termo técnico utilizado para descrever níveis aumentados de ferritina, é a hemocromatose hereditária. Trata-se de uma condição familiar rara, cuja origem é o sul europeu. O paciente apresenta valores altos de ferritina e consequente depósito de ferro nos tecidos alvos, especialmente o coração, fígado, pâncreas, articulações e pele. “Se não diagnosticado no início das manifestações, ela pode causar disfunções orgânicas múltiplas (cirrose hepática, insuficiência cardíaca) e morte precoce. É a única condição em que sangrias periódicas são comprovadamente eficazes, salvo exceções”, finaliza.
A Unimed Araxá
Referência no segmento, a Unimed Araxá tem atualmente 200 médicos cooperados nas mais diversas especialidades e conta com mais de 40 mil beneficiários e 650 empresas contratantes nas cidades de Araxá, Ibiá, Campos Altos, Perdizes, Pedrinópolis, Tapira e Pratinha.
A cooperativa iniciou suas atividades em 11 de maio de 1989 para atender ao anseio da classe médica em proporcionar um atendimento digno e ético aos clientes e ampliar o campo de trabalho dos cooperados. Desde 2017 tem seu hospital próprio, que conta com o que há de mais moderno e eficiente na área e que também integra um Centro de Diagnóstico por Imagens e um moderno laboratório de análises clínicas. Mais recentemente inaugurou nas mesmas dependências um moderno Centro de Oncologia. O setor oferece estrutura de quimioterapia para tumores sólidos e tumores do sangue.
Em sua Clínica Multidisciplinar oferece atendimento exclusivo de profissionais como psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Junto ao prédio central, oferece ainda equipe integrada e programas de saúde voltados à melhoria de qualidade de vida, promoção da saúde e prevenção de doenças no Espaço Viver Bem.
A rede credenciada de serviços é composta ainda por seis hospitais, 15 laboratórios, 33 clínicas, além de aproximadamente 300 colaboradores de forma direta.