Foto/Divulgação Colméia por Tamara dos Santos
‘’Escreva mulher que não falha o poder da sua palavra, uma mulher que escreve ninguém cala’’, assim começa a canção-mantra que Mel Duarte lança no próximo dia 31 de maio em todas as plataformas musicais, como um convite e celebração à produção literária de mulheres.
A música é a primeira de cinco novas que Mel Duarte vai lançar neste ano e compõe o projeto musical “Colmeia”, que segue o seu já reconhecido trabalho no formato de spoken word, somando à versatilidade musical e exploração de ritmos e brasilidades.
O poema “Querem nos calar” é originário do livro de mesmo nome, organizado por Mel Duarte. “Essa música, ao mesmo tempo que é uma reflexão para a sociedade, no sentido de que as mulheres, o tempo todo, tem suas falas questionadas e silenciadas, também é um convite para que lembremos que toda mulher que escreve, ninguém pode calar e não no sentido da escrita formal apenas, mas de mulheres que contam suas histórias oralmente, em poemas, em livros, em rezas, do registro da sua própria obra”, destaca a artista.
Para ela, sempre que uma mulher recupera sua voz, essa voz ecoa para todas as outras. É um convite à escuta e a um levante da literatura feita por mulheres. “A partir do momento que uma mulher deixa de se calar, isso não ocorre sozinha, ela carrega tantas outras vozes e atravessamentos de outras mulheres consigo. Quando uma mulher escreve e conta sua história, ela já rompe com o silenciamento e dá jeito de colocar sua voz para o mundo. Transformei esse poema em música porque já sentia a força dele e quis dedicar às mulheres da literatura, incluindo um refrão com novos versos”, acrescenta.
Prestes a completar 15 anos de carreira, a artista da palavra investe no álbum, que funciona como um diálogo com seu mais recente livro de poemas, que também leva o nome de “Colmeia”.
“Estou sempre num processo de reinvenção e, dessa vez, para comemorar um novo ciclo do meu trabalho, vou realizar vários shows na cidade de São Paulo e, em cada um deles, lançarei uma música inédita”, conta.
Para cada música também será lançado o poema na versão spoken word, assim o público poderá ouvir a versão original.
Sobre o Colmeia
‘’Colmeia – o álbum’’ é o segundo projeto musical da artista e chega com ritmos como funk, pagodão baiano, trap e MPB (Música Preta Brasileira). Este é o segundo trabalho musical de Mel, que em 2019 lançou ‘’Mormaço- entre outras formas de calor’’ disponível em todas as plataformas.
O primeiro single traz vozes no coro de Luz Ribeiro, Edyelle, Joelma Costa, Silvana Faria e Mel Duarte, com composição e voz de Mel Duarte. O álbum traz produção musical de Felipe Parra, composições de Mel Duarte e distribuição de STRM Music.
Vale destacar também que cada música do disco terá uma versão original em spoken word, ou seja, saem duas faixas juntas, para que o público ouça, também, a versão original.
SOBRE A ARTISTA
Mel Duarte é uma comunicadora com propósito, revolucionária do cotidiano que acredita nas palavras como ferramenta de transformação social.
A escritora, poeta, compositora e produtora cultural nasceu na primavera de 1988 em São Paulo (SP) e atua com literatura desde 2006.
Publicou os livros “Fragmentos Dispersos” (2013), “Negra Nua Crua” (2016, editora Ijumaa) traduzido para o espanhol “Negra Desnuda Cruda” (2018, ediciones ambulantes, Madrid, ES), “As bonecas da vó Maria” (2018, Itaú leia para uma criança), “Querem nos calar: Poemas para serem lidos em voz alta” (2019, Editora Planeta), “A descoberta de Adriel” (2020, Itaú leia para uma criança) e o mais recente “Colmeia: Poemas reunidos” (2021. Ed Philos)
Em 2016 Mel foi destaque no sarau de abertura da FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty) e foi a primeira mulher a vencer o Rio Poetry Slam (campeonato internacional de poesia falada). Em 2017 foi convidada a representar a literatura brasileira no Festilab Taag, em Luanda, Angola e em 2019 lançou um álbum de poesia falada intitulado “Mormaço- Entre outras formas de calor” disponível em todas as plataformas musicais. Mel Também integrou durante quatro anos a coletiva Slam das Minas SP, batalha de poesias autorais voltada ao gênero feminino e durante seis anos o coletivo “Poetas Ambulantes”.
Em 2021 foi uma das finalistas do prêmio “Inspiradoras” do Instituto Avon e Universa Uol.
Em 2022 foi mestre de cerimônias do palco principal da Virada Cultural para um público de mais de 120 mil pessoas e no mesmo ano ao lado da artista Luz Ribeiro, escreveu e estreou o espetáculo “STAND UP POETRY: Capítulo 1- Palavras para o Futuro”, com direção de Naruna Costa.
Serviço – O pré-save pode ser feito no link: https://bit.ly/queremnoscalar
JÉSSICA BALBINO
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