A busca por praticidade e estética leva muitas pessoas ao uso de lentes de contato, uma alternativa aos óculos para corrigir problemas de visão como miopia, astigmatismo e hipermetropia. Apesar da praticidade, o descuido no manuseio dessas lentes pode resultar em uma condição séria conhecida como ceratite.
Segundo o oftalmologista da Unimed Araxá, Germano Augusto Rios Ferreira, a ceratite é uma inflamação na córnea, a camada mais externa do olho e suas causas estão frequentemente associadas a infecções bacterianas e fúngicas. “A ceratite é uma condição que merece atenção, pois pode ter uma rápida progressão, podendo causar lesões irreversíveis na córnea, se não tratada adequadamente e a tempo”, alerta
Falta de cuidado
Embora as lentes de contato sejam uma opção prática, muitos usuários negligenciam as orientações dos oftalmologistas, aumentando o risco de complicações oculares. O uso prolongado prejudica o filme lacrimal, essencial para a saúde da córnea, reduzindo sua oxigenação e aumentando o risco de ceratite. “Dormir com as lentes também é uma prática de alto risco, aumentando as chances de ceratite em até 15 vezes, de acordo com estudos. A contaminação das lentes, dos estojos e o uso de soluções inadequadas para a limpeza, como o soro fisiológico, são fatores adicionais de risco”, ressalta o médico.
A ceratite, em 95% dos casos, é causada por bactérias. Fungos e acanthamoeba representam riscos ainda maiores, levando a infecções graves. “Os sintomas são súbitos e incluem perda de acuidade visual, inchaço das pálpebras, fotofobia, dor nos olhos, olhos vermelhos, lacrimejamento e sensação de areia nos olhos”, explica.
Tratamento e Prevenção
É fundamental procurar um médico logo no início dos sintomas. O uso de antibióticos em colírios, medicamentos para a dor e lubrificantes são parte integrante do tratamento, mas a prevenção desempenha um papel crucial.
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Ainda de acordo com o oftalmologista Germano Augusto Rios Ferreira (foto) usar corretamente as lentes é essencial. “Elas devem ser prescritas por um oftalmologista, limpas diariamente, e o estojo deve ser trocado a cada três meses. Dormir com as lentes é estritamente desaconselhado, assim como o uso prolongado por mais de 24 horas”, recomenda.
Daniel Nacati
Assessor de Comunicação / Unimed Araxá
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