Nesta terça-feira (8), a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) iniciou um protocolo de consulta pública para a deliberação em relação à disponibilidade do sensor de monitoramento de glicose. Estima-se que, em 2030, cerca de 21,5 milhões de brasileiros terão diabetes, de acordo com o Ministério da Saúde. Caso seja aprovada, pacientes com diabetes tipo 1 e 2 poderão conseguir o aparelho pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para Beatriz Scher, diabética e empresária e criadora de produtos inovadores para portadores da doença, essa consulta pública da Conitec pode transformar a realidade dos milhares de diabéticos tipo 1 no Brasil.
“Os diabéticos brasileiros não possuem acesso a tecnologias. Essa consulta pública pode mudar a vida dos portadores da doença, pois eles teriam como monitorar sua glicose, com a aquisição desse aparelho. Com isso teriam a diminuição do risco de hipoglicemias graves, maior autonomia no tratamento, melhor controle glicêmico e por consequência menor risco de complicações com a doença”, explica Beatriz, criadora da loja biabética.
A votação, que poderá ser feita pela população até o dia 29 de outubro, está disponível no site do gov.br e já conta com mais de 4.500 contribuições. A pesquisa já tinha sido feita em maio deste ano pela Comissão, que havia dado um parecer negativo em relação à proposta de acessibilidade aos sensores para diabéticos.
Entenda o que mudaria na rotina do diabético
Beatriz diagnosticada com diabetes tipo 1 desde os 6 anos diz que a decisão negativa pode prejudicar a qualidade de vida dos pacientes que possuem a patologia. “O diabético que não possui o sensor de glicemia e usa insulina, precisa furar o dedo pelo menos 5 vezes por dia, e esse é um controle muito básico. Se quiser ter um controle excelente, é preciso furar o dedo cerca de 10 vezes. Ou seja, esse ato é feito com uma alta frequência diária, usando o sensor, a pessoa tem mais conhecimento sobre a própria glicemia. Ela consegue ver as variações da glicemia e isso ajuda a tomar melhores decisões para o tratamento”, pontua.
De acordo com o Ministério da Saúde, para os que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente, ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulinas. No entanto, apesar do governo disponibilizar as canetas de injeção de insulina, os sensores, que podem ser disponibilizados através da decisão positiva feita pelo Conitec, promoveriam uma qualidade de vida a esses pacientes, já que é um aparelho usado na pele que monitora, de maneira contínua, a quantidade de glicose subcutânea.
Sobre Beatriz Scher (@biabetica):
Conhecida como a “influencer da diabetes”, a carioca de 30 anos começou a se aventurar na produção de conteúdo sobre a condição, em 2016. Diagnosticada aos seis anos com diabetes tipo 1, hoje seu objetivo é ser uma porta-voz em prol da conscientização da doença. Através do @biabetica, que conta com mais de 50 mil seguidores no Instagram, Beatriz Scher compartilha a rotina de uma pessoa com a condição, além de educar sobre tratamentos, aparelhos e tudo relacionado ao universo da diabetes. O projeto rendeu, inclusive, uma nova empreitada: a loja Biabética, e-commerce especializado em acessórios alegres e divertidos para pessoas com a condição.
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Beatriz de Mello
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