Alergia ocular é uma inflamação causada por uma reação alérgica que acomete os olhos ou estruturas próximas como, por exemplo, as pálpebras. Estima-se que de 15% a 20% da população mundial tenha esse tipo de alergia. Segundo a oftalmologista da Unimed Araxá, Dra. Karina Teixeira, pelo simples fato de os olhos estarem em contato direto com o ambiente, eles se tornam alvo fácil para as alergias.
“Os alérgenos (substância que causa a alergia) podem ser poeira, fumaça, pólen, ácaros, mofo, pelos de animais, alimentos de origem marinha (camarão, lagosta e outros frutos do mar), medicamentos, produtos de beleza (maquiagens, perfumes, sabonetes, etc.), produtos de limpeza e diversas outras substâncias, como tintas, solventes, agrotóxicos e inseticidas, por exemplo. É importante ressaltar que uma substância considerada alérgeno para uma determinada pessoa não necessariamente será alérgeno para outra”, diz.
Qualquer pessoa pode desenvolver uma alergia ocular, porém a incidência é maior naquelas pessoas que já sofrem com algum outro tipo de alergia, como asma, rinite e alergias de pele. “Os sintomas mais comuns apresentados em pacientes com alergia ocular são: coceira nos olhos, irritação, lacrimejamento, fotofobia (desconforto com a luz), inchaço (edema) nas pálpebras e aumento da secreção ocular”, comenta.
Sintomas e tratamento
Os sintomas da alergia ocular são muito semelhantes aos sintomas apresentados no quadro de conjuntivite infecciosa e o médico oftalmologista é o único profissional habilitado para avaliar e diferenciar os dois quadros. “O primeiro passo é procurar um médico oftalmologista para uma avaliação a fim de escolher qual o tratamento mais adequado para o paciente. Em alguns casos o acompanhamento simultâneo com oftalmologista e alergologista pode ser necessário. Algumas ações iniciais podem ajudar. Quando os olhos começarem a coçar, por mais difícil que seja, evite esfregá-los, pois o ato de coçar aumentará a coceira. Se possível, aplique compressas frias sobre os olhos fechados para aliviar o prurido/coceira”, explica.
A médica ressalta ainda que casos de alergia ocular não tratados corretamente podem evoluir e causar complicações para a visão como a formação de úlceras, placas e vasos na córnea. “O excesso de pressão nos olhos causado pela ação de coçar também é prejudicial, pois pode alterar o formato original da córnea, chamado ceratocone”.
Prevenção
O primeiro passo é diminuir o contato com alérgenos, substâncias do ambiente que aumentam as crises de alergia, e para isso alguns hábitos devem fazer parte da rotina:
1- Manter o ambiente livre de poeira, arejado e com boa exposição ao sol para evitar a formação de mofo e acúmulo de ácaros.
2- Forrar colchão e travesseiros com capas de tecidos impermeáveis ou antialérgicos e sempre que possível exponha o colchão e travesseiro ao sol.
3- Lavar roupas guardadas há muito tempo antes de usá-las.
4- Manter o filtro do ar condicionado sempre limpo.
5- Evitar objetos que acumulem poeira como cortinas, carpete, tapete e bichos de pelúcia.
6- Evitar o uso de vassouras ou espanador. Prefira pano úmido e aspirador de pó para retirar a poeira evitando que a mesma se espalhe pelo ambiente.
7- Evitar ambientes com muito pó, fumaça ou com odores fortes.
8- Lembre-se de que os pelos dos animais domésticos também podem causar alergias e, por isso, caso tenha algum, mantenha-os sempre limpos e tosados.
9- Evitar plantas com flores dentro de casa.
10- Evitar manusear objetos com muito pó (exemplo: livros antigos)
11- Evitar coçar os olhos pois isto estimula mais a alergia ocular, podendo causar um ciclo vicioso.
12- Sempre que possível, higienize a roupa de cama com água quente e deixe-as secar ao sol.
Daniel Nacati
Assessor de Comunicação / Unimed Araxá
Tel: +55 (34) 9.8893-8809