No mês da Mulher, dados revelam que elas estão cada vez mais à frente dos negócios, mas ainda enfrentam desafios
No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o empreendedorismo feminino ganha destaque. Segundo dados da pesquisa Global Entrepreneuriship Monitor (GEM), em 2018, dos 52 milhões de empreendedores no Brasil, 24 milhões eram mulheres, número praticamente equivalente ao de homens na mesma condição. Em 49 países que participaram da GEM 2018, o Brasil teve a 7ª maior proporção de mulheres entre os Empreendedores Iniciais, ou seja, aqueles que tinha negócios com até 3,5 anos de existência.
Em Minas Gerais, as microempreendedoras individuais aparecem quase na mesma proporção. De acordo com o Portal do Empreendedor, do Governo Federal, as mulheres somam 487.773 profissionais, mais de 46% do total de MEIs do estado. Enquanto homens somam 558.426 formalizados, dentre um total de 1.046.199. As principais atividades econômicas delas, em Minas Gerais são: 1º lugar, cabeleireiros; 2º comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios; e em 3º lugar, outras atividades de tratamento de beleza. Veja mais no site: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/.
Os desafios, no entanto, ainda são muitos. Dados apontam que as mulheres empreendem mais por necessidade do que por oportunidade e têm negócios menos longevos do que os dos homens. As mulheres, em geral, possuem negócios pouco diversificados, em segmentos de baixo valor agregado e menor capacidade de internacionalização. Apesar de serem mais adimplentes que os homens, pagam taxas de juros mais altas.
Inspiração
Apesar de um cenário ainda em desvantagem, há histórias de mulheres que inspiram e empoderam outras ao redor. Como a de Marisa Contreras, produtora de cafés especiais, em Areado, no Sul de Minas. Depois de 23 anos de carreira como farmacêutica, ela decidiu largar o balcão da própria farmácia e trocar por lavouras de café. “Tive a sorte de nascer em uma família que alimentava a minha formação empreendedora. Então, eu e meu marido compramos uma fazenda sem nenhum pé de café, mas decidimos que iríamos transformá-la em uma propriedade de café especiais, em uma época em que poucos falavam sobre isso. Por isso, tive que aprender do zero, colocar a mão na massa para rodar o café no terreiro, por doze vezes, conforme é necessário para cafés especiais, e assim provar para os homens que era possível”, relata Marisa.
Hoje, a Fazenda Capoeira exporta cafés de alta qualidade para vários países e Marisa ainda resolveu compartilhar o que aprendeu com outras mulheres. Ela é idealizadora do projeto Florada, adotado por uma das maiores indústrias torrefadoras de café do Brasil, que tem como objetivo capacitar gratuitamente outras cafeicultoras a produzirem um café de melhor qualidade; além de promover concursos de microlotes especiais, apenas para mulheres. Todo o lucro é revertido para o próprio grupo de mulheres. Em reconhecimento, Marisa ganhou o Prêmio Mulher de Negócios do Sebrae, em 2017. Hoje, além de cafeicultora, ela é também palestrante sobre agronegócio e empoderamento feminino.
Sebrae DELAS
Com o objetivo de apoiar o empreendedorismo feminino e ajudar a tornar os seus negócios mais competitivos, o Sebrae criou um programa exclusivo para as mulheres: o Sebrae Delas. Nele estão contempladas diversas ações para incentivar, apoiar e fortalecer a cultura empreendedora entre as mulheres. No Sul de Minas, o projeto começou no ano passado, nas cidades de Monte Belo e Alfenas, onde foram realizados encontros apenas com mulheres empreendedoras. “O objetivo é capacitar e orientar as mulheres que transformam sonhos em oportunidades de negócios”, comenta a analista do Sebrae Minas Adaíby Gonçalves.
Cordialmente,
Juliana Campos Silva
Sebrae Minas – Regional Sul
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