Autor de 11 livros do gênero, ele ocupa a cadeira fundada por Machado de Assis na ABL e estará pela segunda vez no Festival
Entre os convidados anunciados para a 12ª edição do Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços) está o escritor romancista Antônio Torres, imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), onde ocupa a cadeira fundada por Machado de Assis e que por 40 anos pertenceu a Jorge Amado.
Considerado o maior e mais importante evento do gênero em Minas Gerais, o Flipoços acontece entre os dias 29 de abril e 7 de maio no Complexo Cultural da Urca e neste ano tem como tema “Minha vida é um romance – Policial, drama, suspense ou aventura? Qual é o seu?”.
Por isso, Antônio Torres participa do festival no sábado, 29 de abril, quando falará sobre “Como nasce um romance” que, segundo ele, é um resgate histórico do gênero literário a partir do próprio nome. “No princípio o romance se chamava rimance. Era o romance com rima, também chamado de ‘abecê do sertão’, o que de modo geral se define como literatura de cordel. E pertencia ao imaginário do mundo agrário do qual me origino, onde pouco ou nada se lia, mas muito se ouvia. Ali o romance passava oralmente de geração a geração, contado ou cantado ao som de uma viola, ao pé de um fogão à lenha para espantar o medo da noite com seus zumbis, lobisomens e gralhas mal-assombradas”, contou o premiado escritor baiano, que é autor de 11 romances, entre eles o “Pelo fundo da agulha”, premiado no Jabuti e finalista do Prêmio Zaffari & Bourbon, da Jornada Literária Nacional de Passo Fundo.
Legenda: Antônio Torres é membro da Academia Brasileira de Letras e falará sobre as origens do romance durante o festival
(Antônio Torres)
Crédito: Guilherme Gonçalves/ABL