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O Carnaval, uma das maiores e mais aguardadas festas brasileiras, é conhecido por sua alegria contagiante, música e celebração da diversidade cultural. No entanto, o que deveria ser um momento de diversão pode se transformar em um pesadelo em questão de segundos devido ao assédio. Situações de desrespeito, invasão de espaço e toques não consentidos são realidades que muitas pessoas enfrentam durante a folia.
Talita Rocha, professora de Psicologia da Una Uberlândia, destaca que “os efeitos do assédio podem ser devastadores, gerando transtornos como ansiedade, depressão e até estresse pós-traumático”. Ela destaca que é comum que vítimas se sintam culpadas ou envergonhadas após o ocorrido, mas reforça que a responsabilidade nunca é delas. “Buscar apoio em amigos e profissionais qualificados é essencial para validar os sentimentos e iniciar a superação”, orienta.
Para lidar com a situação, a professora destaca 5 dicas importantes:
1. Como agir no momento do assédio
No momento do assédio, Rocha recomenda tentar manter a calma e buscar um local seguro sempre que possível. “Respirar fundo e reconhecer a gravidade da situação ajudam a processar melhor o ocorrido. E, se possível, a denúncia deve ser feita imediatamente. Isso amplia os cuidados e fortalece o papel da vítima como protagonista da sua história”.
2. Apoio empático e acolhimento
Ao oferecer apoio a uma pessoa que sofreu assédio, Rocha sugere escutar sem julgar. “Dizer que você acredita nela e oferecer um espaço seguro para desabafar são atitudes poderosas. É importante reforçar que ela não está sozinha e incentivar a busca por ajuda psicológica ou jurídica.”
3. Fortalecimento da autoestima e enfrentamento do medo
O medo de novas situações de assédio pode levar ao isolamento social, mas Rocha sugere estratégias para superar esses sentimentos. “Fortalecer a autoestima por meio de atividades prazerosas e apoio psicológico ajuda a reconstruir a confiança. Estar acompanhada de amigos em locais seguros também proporciona mais tranquilidade para aproveitar a folia”, aconselha. Cursos de autodefesa ou informações sobre direitos podem aumentar a sensação de segurança.
4. Dicas práticas para segurança no Carnaval
“Defina seus limites pessoais, mantenha-se ciente do ambiente e, ao menor sinal de desconforto, afaste-se”, recomenda Rocha. Ela também sugere cuidar da saúde emocional, fazendo pausas e buscando momentos de calma. “O Carnaval deve ser um espaço de liberdade, e respeitar seu tempo e bem-estar faz parte disso.”
5. Denúncia como processo de superação
“Ao falar sobre o ocorrido, a vítima se fortalece e impede que o ciclo de abuso continue. Isso cria uma rede de apoio e conscientização que pode proteger outras pessoas”, explica. Assim que possível, registre o ocorrido nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs). “A denúncia não é só um ato de justiça, mas também um passo fundamental para a cura”, enfatiza a professora.
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Amanda Franciele Silva – [email protected] – (31) 97174-5866