Médico do Hospital e Maternidade MadreCor de Uberlândia-MG sugere medidas preventivas para manter o organismo saudável durante a folia.
A partir da próxima sexta-feira (24/02), grande parte dos brasileiros cairá na folia. O Carnaval, que já é celebrado em algumas regiões do país, oficialmente tem início neste fim de semana. É momento de descontração e alegria. Todavia, no calor da festa, muitos foliões se esquecem da saúde.
Pensando nisso, o Hospital e Maternidade MadreCor com o auxílio do infectologista e clínico geral, Vinícius Paulino da Costa, preparou dicas que servem como medidas preventivas para que a folia não interfira no estado de saúde daqueles que desejam aproveitar a festa.
Confira!
O Ouvido – Segundo o médico, o excesso de ruído a que as pessoas ficam expostas durante o carnaval, principalmente quando passam por um trio elétrico, pode trazer algumas consequências percebidas ao final da “folia de momo”, a exemplo da sensação incômoda de ouvido cheio, zumbido, chiado e diminuição da audição.
Sons acima de 85 decibéis são prejudiciais à saúde auditiva, quando o tempo de exposição ao barulho for prolongado. Durante o Carnaval, algumas medições chegam a apontar 110 decibéis, algo próximo ao barulho de uma turbina de avião. Para evitar problemas, o melhor é proteger os ouvidos durante a folia. O recomendado é manter uma distância mínima de dez metros do equipamento de som.
“Se estiver em um ambiente onde é possível conversar sem problemas com outra pessoa a uma distância de um metro, esse pode ser considerado um local seguro para a audição. Mas se não conseguir conversar com um amigo que esteja bem próximo, mesmo fazendo um esforço vocal intenso, o ambiente apresenta poluição sonora extrema”, exemplifica Vinícius Paulino.
DST e outras doenças transmitidas por vírus – No Carnaval, as pessoas vão às ruas, por vezes, esquecendo-se de cuidados secundários para o momento tais como: alimentação adequada ou atenção a alimentos adquiridos na rua e sexo seguro.
O contato com numerosas pessoas mais aglomeradas facilita a transmissão de diversos agentes infecciosos, tais como vírus – a exemplo dos causadores do resfriado comum e da gripe e bactérias – responsáveis por casos de amigdalites
Se você estava cansado de ouvir sobre Gripe Suína, Meningite C e Dengue, aqui vai uma notícia: no Carnaval, a alegria de todos também aumenta as taxas de doenças sexualmente transmissíveis – DSTs.
Muita música, descontração, bebida alcoólica e sensualidade fazem parte dessa euforia contagiante, que aproxima as pessoas. O clima é mágico, propício para os frequentes e calorosos beijos e tudo mais. O problema não é o fato em si – já que seria uma questão comportamental -, mas sim como tudo é feito.
“O contato mais íntimo como o beijo, possibilita a transmissão de vírus Herpes simples e também a doença mononucleose, sendo maior a possibilidade quanto maior o número de parceiros beijados. Isso explica a frequência aumentada dessas afecções no período pós-carnaval”, alerta o infectologista.
Ainda nessa linha, cabe a preocupação com a prática do sexo seguro, ou seja, realizado com o uso do preservativo.
Álcool e Doenças do Fígado – Abuso e dependência alcoólica estão entre os mais graves problemas de saúde pública. Estima-se que, em países industrializados, um em cada 13 adultos tenha algum tipo de problema em decorrência do consumo excessivo de álcool.
No Carnaval, ocorre aumento importante no consumo de bebidas alcoólicas. O uso abusivo de álcool, nesta época do ano, pode levar a quadros de intoxicação alcoólica, caracterizada por náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, desorientação e mesmo coma, cuja intensidade é proporcional a quantidade de álcool ingerida.
A importância do sono – São praticamente cinco dias de festa. Agito que dura a noite inteira. Todavia, é importante ter um tempinho para descansar. O sono é fundamental para quem quer aproveitar esses dias sem comprometer a saúde.
“Além do descanso mental e físico, durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e, mesmo, em longo prazo. Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário está mais propenso a infecções e doenças como obesidade, hipertensão e diabetes”, alerta o médico.
Prevenindo traumas ortopédicos – No Carnaval, em meio a tanta euforia, aumenta a ocorrência de acidentes com lesões ortopédicas. Muitas vezes, devido ao uso de calçados inadequados para a folia.
A dica é usar sapatos confortáveis. “Salto alto não combina com a folia. O ideal são sapatos leves. É hora de lançar mão do tênis e sapatilhas. Outra dica é alongar braços e pernas antes de sair e quando voltar para casa. Também é importante tomar muita água, que ajuda no bom funcionamento dos músculos. Se cansar, faça uma pausa. Caso apareçam bolhas nos pés, elas não devem ser estouradas. Isso evitará infecções”, sugere o médico.
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Érica Magalhães
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