A busca pela equidade de gênero tem sido um motivador para melhorar as políticas de parentalidade nas organizações, já que, de acordo com o estudo “The Labor Market Consequences of Maternity Leave Policies: Evidence from Brazil”, conduzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), aproximadamente 50% das mulheres que usufruem da licença-maternidade não retornam ao mercado de trabalho formal até 12 meses após o início desse período.
Empresas como Comgás, Zurich e Suzano estão retendo talentos femininos, letrando suas lideranças e incentivando homens a tirar licença-paternidade, além de incluir todas as figuras parentais na pauta do cuidado. Neste cenário em que as mulheres ainda sentem o peso de múltiplas jornadas, é importante reconhecer a urgência da implementação de práticas eficazes, a fim de transformar as empresas e a sociedade.
Pensando nisso, a Maternidade nas Empresas, consultoria especializada em equidade de gênero pela valorização da parentalidade no ambiente corporativo, listou 3 benefícios de implementar políticas de parentalidade na sua empresa.
Lideranças diversas e empáticas
As políticas de parentalidade não apenas ampliam a participação das mulheres em cargos de liderança, mas também promovem uma divisão mais equitativa das responsabilidades familiares, desafiando as estruturas tradicionais que delegam o cuidado a um único gênero. Ao promover o letramento parental para líderes, por exemplo, é possível fomentar uma cultura corporativa mais sensível às necessidades humanas, fomentando a capacidade de tomar decisões com maior inteligência emocional e compreensão das múltiplas realidades. Além disso, ao integrar essas perspectivas diversas no processo decisório, as empresas se tornam mais inovadoras e resilientes, capazes de responder melhor aos desafios e demandas de um mercado em constante transformação.
Bem-estar, produtividade e lucro
Oferecer suporte como licenças parentais, horários flexíveis e opções de trabalho remoto vai além de reduzir estresse e ansiedade. Essas políticas criam um ambiente onde as pessoas podem ser autênticas, sentindo-se pertencentes e valorizadas, o que fortalece seu engajamento e satisfação no trabalho. Com essa base de confiança e acolhimento, os profissionais conseguem se concentrar melhor, produzir com mais qualidade e entregar resultados superiores, contribuindo tanto para a inovação quanto para o crescimento sustentável da empresa.
Uma sociedade sustentável
Incentivar a participação ativa de todas as figuras parentais na criação dos filhos e na função do cuidado, além de criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e justo, também impacta positivamente as futuras gerações, promovendo valores como empatia, igualdade e responsabilidade. Nos países nórdicos, onde políticas como licenças parentais compartilhadas e investimentos robustos em bem-estar familiar são amplamente adotadas, essas práticas estão diretamente associadas a altos índices de felicidade e coesão social. Ao integrar essas práticas, as organizações tornam-se um modelo de desenvolvimento sustentável, que valoriza tanto o crescimento econômico quanto o bem-estar social e familiar, essencial para sociedade que estamos construindo.
Sobre a Maternidade nas Empresas
Fundada em 2017 por Luciana Cattony, Mestra em Parentalidade, e Susana Sefidvash Zaman, Mestra em Equidade de Gênero, a Maternidade nas Empresas é uma consultoria especializada em equidade de gênero pela valorização da parentalidade no ambiente corporativo, que possui como um das abordagens a perspectiva interseccional, reconhecendo e valorizando a diversidade das famílias plurais. Em 2023, criou o Pacto pela Parentalidade, ecossistema entre pessoas e empresas que já conta com mais de 3 mil assinaturas, e tem como objetivo propor ações que apoiem mães e insiram homens na pauta do cuidado, impulsionando uma verdadeira transformação social. A consultoria já alcançou mais de 400 mil pessoas e atendeu cerca de 80 empresas, como Vivo, Suzano, Mondelez, JTI, Comgás e Whirlpool, trazendo soluções concretas com base no diagnóstico, a fim de reter talentos e reduzir a disparidade de gênero.
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