Foto:Alzyr
*O som do silêncio*
Que insiste em permanecer
Latente no infinito da história
Finita por não realizar
Os encontros programados
O som do silêncio
Insiste por permanecer
Apesar dos escombros
Da finitude do eu
Quem mais se revela
Nos instantes da solidão
Incitada pelo espaço sombrio
Dos sons tirados do etéreo ser
O som do silencio marca
Marca de sons que insistem fazer coro
No espaço deixado
Pelo calor que repentinamente não aquece
O que antes era seu destino maior
O som do silêncio movido
Tangido pelo cajado do destino
Não mais será ouvido
Pois antes de ser mero som
Foi cantiga de alegrar os dias tristonhos
Ou alegres dias de alegria
Ou simplesmente dias
Que se formaram
No decurso do prazo
Determinado
Pelas notas não reveladas
Do som que o silêncio
Insiste teimosamente
Em fazer do silêncio
O som perturbador
Do seu próprio
Silêncio
*Evandro de Paula* – da cidade de Sabará Minas Gerais, entre outros autor do livro:Pílulas – saúde da alma poética
Parabéns, lindo poema, nos leva a uma reflexão profunda.
Parabéns, poeta! Obrigada por nos prestigiar com mais um pedacinho da sua obra. Abraços, Jayne