A elevada queda nas vendas do comércio varejista do País no ano passado, da ordem de 6,2% conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve reflexo na sobrevivência dos negócios do setor. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), foram fechadas 108,7 mil lojas no País em 2016. No entanto, o presidente da Federaminas, Emílio Parolini, acredita que alguns parâmetros indicam, ainda que de forma tímida, que a reversão dessa tendência negativa pode começar a acontecer ainda este ano.
Ele destaca que a própria pesquisa da CNC registra que o volume de empresas fechadas foi significativamente maior no primeiro semestre. À possível desaceleração da queda no fechamento de empresas se soma uma menor taxa de inflação para o mês (0,38%) registrada em janeiro e o Índice Nacional de Confiança – divulgado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) -, que sinaliza maior otimismo por parte de empresários e consumidores em relação ao futuro. Há ainda a injeção no mercado do volume de recursos relativo ao saque dos saldos de contas inativas do FGTS, bem como a continuidade da tendência de queda da taxa básica de juros, fatores que podem oxigenar a economia.
De acordo com o levantamento divulgado pelo IBGE, no ano passado a maioria dos segmentos do comércio varejista registrou taxas negativas de vendas, estando entre os principais os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que recuaram 3,1%, o pior resultado desde 2003.
No entanto, em dezembro de 2016 cresceram as vendas de combustíveis e lubrificantes (2,1%), equipamentos de escritório, informática e comunicação (1,9%), tecidos, vestuário e calçados e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com alta de 0,1%.
Suporte – Dentro dessa conjuntura ainda bastante difícil para os negócios, o presidente Emílio Parolini chama a atenção para o papel que compete à entidade classista desempenhar, em suporte ao núcleo que representa. No caso da Federaminas, que aglutina cerca de 300 associações comerciais que têm como filiadas principalmente empresas de micro e pequeno portes, a capacitação em gestão e técnicas de vendas e a oferta de mercados alternativos para colocação de seus produtos estão entre os principais instrumentos voltados para a sobrevivência e a manutenção do nível de operações desses segmentos empresariais.
Assessoria de Comunicação da Federaminas
Créditos da foto: Davi Martins