A Câmara de Araxá recebeu, nesta quinta-feira (23/05), Audiência Pública para tratar sobre Escolas de Tempo Integral, a pedido do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). A sessão foi presidida pelo Vice-Presidente da Casa da Cidadania, Vereador Fárley Cabeleireiro (DEM), e solicitada pelo Vereador Raphael Rios (SD).
O encontro contou com as presenças da coordenadora do Sind-UTE em Araxá, Luciana Silva Aníbal; da superintendente regional de Ensino, Marilda Ribeiro Resende, representando a Secretaria de Estado de Educação; do juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude, Renato Zouain Zupo; da educadora Zulma Moreira, representando as diretoras de escolas estaduais; da inspetora local de ensino, Maria Cristina Oliveira Barreto; da conselheira tutelar Corina Moura e da conselheira dos Direitos da Criança e do Adolescente, Elenice Veloso Paula.
O debate relacionado à pauta ganhou destaque desde abril, quando o Governo Zema anunciou o corte de 80 mil vagas de Ensino Integral no estado, mas voltou atrás diante da má repercussão da medida. Nova proposta previu a manutenção imediata de 30 mil vagas, reabertura de mais 25 mil matrículas em agosto e 55 mil em fevereiro do ano que vem. Desta forma o governo garantiria as 110 mil cadeiras existentes em dezembro do ano passado.
O Dr. Renato Zupo ponderou como a Escola Integral já é, há muitos anos, uma realidade nos países que mais investem em educação. Para ele, o governo de Minas reduziu os investimentos na pauta não só pela crise financeira, mas pela necessidade de um projeto melhor estruturado. O Juiz afirmou que a imagem acerca da Escola Integral no Brasil é inadequada, voltada para atividades extraclasse, enquanto o ideal seriam 8h de aulas por dia, com intervalo para almoço, devidamente fornecidas pelo Estado.
Para o Vereador Raphael, solicitante da Audiência, “Foi uma grande oportunidade para demonstrarmos o quanto Araxá perde na falta do Tempo Integral nas escolas estaduais. Esperamos que o governo tenha a sensibilidade de pelo menos retornar as vagas já para este segundo semestre”. A Câmara irá formular um requerimento, em conjunto com o Sind-UTE, cobrando informações oficiais da Secretaria de Estado de Educação a respeito do retorno do projeto no município.