Oi, Alcino, como vai? Esta semana faz um ano que você não dá notícias. Mas eu sei que aí está tudo bem, ou seja, muito melhor do que aqui em baixo. Mas a gente sente muitas saudades. Lembro-me de nossa infância tão pobre quanto feliz, junto com nossos outros irmãos, papai e mamãe. A sua bela canção ‘A boiada’ até hoje é muito conhecida e tocada por aqui. Araxá jamais deixou de ser e sempre será nosso berço natal, a terra que nós amamos.
A sua vida aqui na terrinha foi muito fértil. Compôs belas melodias, ganhou duas filhas e muitos netos e escreveu muito. Se você já sabia muito da história do futebol de Araxá, nos últimos anos você se superou. E contou, em crônicas semanais, a história do futebol araxaense, desde os primórdios até os tempos atuais. E depois da sua partida, nós, seus irmãos, transformamos suas crônicas em um livro que de certa forma serve para eternizar o futebol em nossa terra. Os clubes e seus atletas, dirigentes, técnicos… É uma linda história, irmão, e eu sou parte dela. O que muito me honra. Você foi grande! Você criou, você amou, você escreveu. E o que a gente escreve fica para sempre. Então nunca vai acabar.
João Batista, irmão
Nota do editor: Esta matéria foi originalmente publicada no Jornal Interação da cidade de Araxá na edição impressa do dia 07 de agosto de 2020.
Na foto abaixo: Alcino, Edith e Nicanor (pais), Conceição,
Nicanor, João, Luiz e Daniel (irmãos) ( click para ampliar)