Árvore presente na calçada, caiu impedindo a circulação pela via do bairro Saraiva e que foi retirada em seguida.
Durante o período de chuvas, a queda de árvores torna-se um problema frequente, representando riscos para pessoas, veículos e imóveis nas áreas urbanas. Esse risco é causado por fatores naturais e estruturais.
Flávia Toledo, bióloga e professora do Centro Universitário Una em Uberlândia, explica que, com o solo encharcado pelas chuvas intensas e contínuas, há uma diminuição na capacidade do solo de sustentar as raízes das árvores. “Quando o solo está menos compacto, ele se torna mais instável, especialmente para árvores com raízes superficiais ou que estão em terrenos inclinados”, destaca.
Além disso, as tempestades são, geralmente, acompanhadas por ventos fortes, que exercem pressão sobre a copa das árvores. Segundo a professora, as árvores mais altas, com copas densas ou galhos pesados e desiguais, sofrem mais com a resistência ao vento, aumentando o risco de tombamento. O peso adicional da água da chuva nos galhos, somado ao vento, pode levar à queda das árvores.
Para minimizar riscos, a população pode adotar algumas medidas preventivas. Como inspecionar as árvores em calçadas e quintais. Toledo recomenda “observar fissuras nos troncos, madeira apodrecida e outros sinais de fragilidade que aumentam a probabilidade de queda”. Realizar podas regulares ajuda a reduzir o peso da copa e a remover galhos mortos ou doentes, mas elas devem ser feitas por técnicos especializados.
Quando há risco iminente de queda de árvores, a professora orienta a população a acionar as autoridades responsáveis. Em áreas públicas ou calçadas de terceiros, como explica Toledo, o Corpo de Bombeiros deve ser contatado para avaliar e, se necessário, remover a árvore. Já para árvores em quintais particulares, a solicitação de poda ou corte deve ser encaminhada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade.
As quedas de árvores nas cidades geram impactos em diversos setores. A perda da cobertura verde, a erosão do solo e a redução da biodiversidade estão entre os efeitos ambientais. No aspecto urbano, as quedas podem causar danos à infraestrutura, bloqueando vias, danificando a rede elétrica e o sistema de drenagem. Esses problemas impactam diretamente a qualidade de vida e a economia local, com custos para limpeza e reparos.
Para prevenir tais problemas, o planejamento urbano tem papel fundamental. “É essencial que as espécies de árvores sejam selecionadas conforme o ambiente em que serão plantadas, priorizando aquelas que melhor se adaptam ao local”, explica a professora. O plantio correto e a manutenção regular das árvores são determinantes para evitar riscos de quedas e promover uma convivência segura com a vegetação urbana.
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