Infectologista do Sistema Hapvida explica que a doença não se transmite facilmente entre as pessoas
Após enfrentar o vírus contagioso da covid-19, a população brasileira vive o drama e a preocupação com uma doença infecciosa, oriunda dos países da África Central e Ocidental, a varíola do macaco. Já com registros na Europa e Estados Unidos (EUA), o Brasil monitora casos suspeitos no país. Todavia, a infectologista do Sistema Hapvida, Silvia Fonseca, ressalta que não há necessidade de pânico, pois o potencial de contágio é menor se comparado ao coronavírus, por exemplo, e as consequências não são graves.
A infectologista explica que o vírus, que causa a varíola do macaco, é da mesma família da varíola, mas que esse vírus já foi extinto. “Hoje, temos esse vírus que é da mesma família, e embora tenha sido encontrado em macacos, ele é muito mais prevalente em pequenos roedores na África Central e Ocidental, e permanece mais em animais do que em pessoas. De vez em quando ele infecta pessoas nesses países africanos, causando a infecção que lembra as mesmas lesões da varíola”, explica Silvia Fonseca.
A especialista explica que os sintomas da doença são mais tranquilos. “Embora causa febre, dor no corpo, aparecimento de gânglios e lesões na pele (parecidas com bexigas pequenas), do rosto e depois espalha pelas palmas das mãos e plantas dos pés. Isso tudo dura de uma a duas semanas e costuma sarar sem deixar sequelas mais graves, a não ser essas lesões na pele que fazem uma casquinha e, após a cura, deixam marcas. Do mesmo jeito que acontecia com a varíola e o vírus da catapora”, descreve Silvia Fonseca.
Segundo a infectologista, a varíola do macaco recebeu esse nome, porque esse vírus foi isolado, pela primeira vez, em macacos, mas depois detectaram que ele existe em muitos outros animais. “As pessoas, que vivem perto desses animais, lá na África, costumam carregar esse vírus. Mas, apareceram vários casos na Europa, depois nos EUA, em pessoas que não viajaram, que não tiveram contato com pessoas que tinham essa doença. Então, isso está chamando a atenção”, destaca a médica.
O que se sabe é que esse vírus não se transmite facilmente entre as pessoas e que ele passa, principalmente, por contato da secreção que sai das vesículas na pele. “Não é motivo de pânico, primeiro, porque ainda está bastante restrito, e as pessoas que pegaram têm mais condições de transmitir para os familiares, pessoas que moram na mesma casa; a transmissão é mais difícil, e muito diferente da varíola, que mata um terço das pessoas contaminadas, esse vírus tem uma mortalidade muito baixa, e sara sozinho. Todavia, existem vacinas e medicamentos para conter a doença. Agora não estão disponíveis, mas já existem, o que é mais tranquilizador do que quando começamos enfrentar a covid-19”, compara a médica.
A especialista alerta que para evitar o contágio da doença, é necessário evitar contato com os animais infectados; evitar tocar em objetos e roupas das pessoas que estão com a vesículas na pele, pois essa estão cheias de vírus; manter sempre a higienização das mãos; evitar deitar na mesma cama do paciente infectado com o vírus. “Enquanto isso vamos aguardar para ver a evolução dessa doença no país”, finaliza a médica.
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Érica Magalhães
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