Neste início de 2024, o Google Trends, um dos sites mais famosos de busca na internet, apontou “gastrite” como um dos temas mais buscado pelos usuários. A dúvida das pessoas, que chegam em massa à plataforma, pode ser um reflexo de um dado divulgado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG). Segundo a instituição, aproximadamente 70% da população brasileira pode ter sintomas ligados ao mau funcionamento do sistema digestivo.
O médico gastroenterologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Paulo Markman, explica que a definição clínica da gastrite é uma inflamação da mucosa gástrica, ou seja, no estômago, que é um órgão muito importante no processo de digestão dos alimentos.
Segundo o especialista, existem dois principais tipos de gastrite: a crônica e a aguda. A primeira está relacionada ao uso do álcool e de determinados medicamentos, como os anti-inflamatórios, corticoides. Já a crônica, à bactéria Helicobacter pylori, conhecida também como H.Pylori. Muitas úlceras pépticas, alguns tipos de gastrite e de câncer do estômago decorrem da infecção causada por ela.
Todavia, Paulo Markman destaca que existe outro tipo comum, que é a gastrite nervosa, conhecida como dispepsia funcional. “Ela não causa inflamação na mucosa do estômago, porém, seus sintomas são relacionados, principalmente, ao quadro de estômago e surgem devido a fatores emocionais, estresse e ansiedade”, afirma.
Dentre os sintomas das pessoas que têm gastrite, estão azia, dor abdominal, empachamento, náuseas, vômitos e, em suas formas mais graves, vômitos e evacuações sanguinolentas.
Prevenção
Como forma de prevenção à doença, Paulo Markman sugere, dentre as principais atitudes, evitar bebidas alcoólicas e medicamentos anti-inflamatórios sem orientação médica. O médico propõe, ainda, a adesão a medidas de higiene dietética, a exemplo da lavagem de mãos, frutas, verduras, além da adoção de cuidados com locais onde fazer as refeições.
Sobre o tratamento, o gastroenterologista indica buscar ajuda médica, pois o especialista vai indicar uso de medicamentos que reduzam a acidez do estômago. “Além de antiácidos, há também a adaptação de dietas específicas e, em outros casos, o uso do antibiótico para a erradicação do H.Pylori”, finaliza.
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Érica Magalhães
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