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Dermatologia e autoestima: o impacto emocional de doenças de pele

Em artigo, Dra. Gisele Basso Esteves Pires, dermatologista da Unimed Araxá, explica essa relação complexa e bidirecional

Domingos Antunes Guimarães por Domingos Antunes Guimarães
3 de abril de 2025
em Destaques, Saúde
0
Dermatologia e autoestima: o impacto emocional de doenças de pele

Nossa pele não é apenas um revestimento; é o maior órgão do corpo humano e reflete o que acontece internamente, comunicando-se ativamente com o organismo. Ela envia e recebe informações importantes, demonstrando externamente os processos internos.

“O mais profundo no homem é a pele”, afirma o poeta e escritor francês Paul Valéry. É um órgão que pode refletir sensações negativas, mas também reage fisicamente a estímulos emocionais, como uma música ou um carinho.

As estimativas indicam que cerca de 30% a 60% dos atendimentos dermatológicos ocorrem devido a doenças de pele ligadas direta ou indiretamente a fatores emocionais.

Para entender essa conexão, é preciso lembrar da relação entre a pele e o sistema nervoso, cujo órgão central é o cérebro. Essa relação se forma ainda na fase embrionária. Esses dois sistemas, o cutâneo e o nervoso, derivam do ectoderma, o folheto externo do embrião, que, na sua evolução dobra-se sobre si mesmo, formando um tubo chamado tubo neural. A parte que fica por fora vai formar a pele e a parte interna vai desenvolver o sistema nervoso.

Quando toda a estrutura já está pronta, do cérebro e da medula espinhal partem nervos, que se ramificam como os galhos de uma árvore e se dirigem a todos os pontos do organismo, incluindo a pele. Na pele, filetes nervosos chegam à derme (segunda camada da pele), aos vasos e à camada mais superficial, a epiderme.

As mensagens entre o sistema nervoso e a pele se dão por meio de substâncias químicas, chamadas neuropeptídeos, que levam o código dos pensamentos ocorridos na mente para a pele.

Em sentido inverso, a pele envia ao cérebro suas mensagens por meio de mediadores químicos produzidos por suas células, que viajam até o sistema nervoso central pelo sangue ou pelos nervos, lá gerando pensamentos.

A comunicação entre mente, sistema nervoso e pele é constante e imediata, provocando alterações sutis, muitas vezes invisíveis e imperceptíveis. Não é raro ouvir expressões como ‘estou com os nervos à flor da pele’, ‘fiquei vermelho de vergonha’, ‘roxo de raiva’, ou suar mais que o normal na hora de uma reunião importante, ficar cheio de espinhas um dia antes de um encontro especial.

Há ainda a possibilidade de apresentar sintomas mais sérios de doenças como psoríase, vitiligo, alergias, infecções, como o herpes, e queda de cabelos em períodos de estresse. Esses problemas podem ocorrer num período de desafios ou dificuldades de relacionamento interpessoal, tais como nos relacionamentos profissionais, sociais, na perda de alguém que se ama ou na relação amorosa.

Com o avanço da ciência no campo da psiconeuroimunologia, sabemos que ansiedade, euforia, tristeza, angústia, estresse e depressão podem causar reações no organismo, incluindo na pele, nos cabelos e nas unhas.

Diversas pesquisas têm mostrado que os sistemas endócrino, nervoso e imunitário formam um único sistema que recebe a influência direta da mente. Estima-se que mais de 40% das manifestações cutâneas estejam associadas a influências psíquicas.

Saúde mental e doenças de pele estão intimamente ligadas e podem se influenciar mutuamente. Problemas emocionais podem causar ou agravar condições dermatológicas e vice-versa, em uma relação complexa e bidirecional que envolve mecanismos imunológicos e neuroendócrinos. Não há uma sequência fixa de qual condição surge primeiro.

Transtornos mentais podem se manifestar por sintomas cutâneos. A pele pode refletir problemas emocionais, com fatores psicológicos atuando como causas ou consequências de condições dermatológicas. Transtornos psicocutâneos podem incluir doenças psiquiátricas com manifestações cutâneas, sendo frequentes na dermatologia, com fatores psicológicos desempenhando um papel importante no agravamento de dermatoses existentes.

Por outro lado, doenças de pele como psoríase, eczema, acne e vitiligo podem ter um impacto emocional significativo nos pacientes. A visibilidade das lesões pode levar a sentimentos de baixa autoestima, isolamento social e até mesmo pensamentos suicidas.

Pacientes com doenças de pele inflamatórias, como psoríase e eczema, frequentemente apresentam depressão e ansiedade. Em especial, a psoríase e o vitiligo, por serem doenças autoimunes, possuem altas taxas de associação com esses transtornos, atingindo até 33% dos casos. Por outro lado, essas condições podem piorar a qualidade do sono, o que, por sua vez, agrava os sintomas de ansiedade e depressão. A presença de lesões visíveis pode intensificar o sofrimento emocional, criando um ciclo vicioso onde o estresse psicológico piora a condição da pele, o que, por sua vez, aumenta o estresse. Este ciclo pode ser particularmente prejudicial em condições como a psoríase, onde a comorbidade com transtornos psiquiátricos é comum, e a interação entre o sistema imunológico e o sistema nervoso central é mediada por células T e citocinas.

O mecanismo pelo qual o estresse psicológico e os transtornos mentais, como depressão e ansiedade, podem exacerbar essas condições dermatológicas, é explicado pela desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), que, por sua vez, influencia a resposta imune e a inflamação cutânea. A ativação desse eixo e do sistema nervoso simpático pode aumentar a produção de mediadores inflamatórios, como citocinas, que agravam as lesões cutâneas. Além disso, a pele possui seu próprio sistema neuroendócrino, que responde ao estresse através da secreção de hormônios e neuropeptídeos, contribuindo para a inflamação e a disfunção da barreira cutânea.

E o quanto isso pode ser importante para a vida das pessoas que têm essas doenças?

Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, em 2016, analisou o impacto da psoríase em diversas áreas da vida, incluindo trabalho, relacionamentos e atividades sociais. Os pacientes apresentaram ansiedade e depressão que não afetaram apenas a eles, mas também as pessoas que moravam com eles, com até 88% desses familiares apresentando qualidade de vida prejudicada.

O vitiligo afeta emocionalmente tanto crianças quanto adultos jovens. Crianças com lesões visíveis e pele mais escura sofrem mais emocionalmente e têm uma qualidade de vida reduzida. Em adultos, o impacto é maior em jovens, especialmente mulheres e jovens com menos de 30 anos. A mesma revisão da Universidade da Califórnia mostrou que o vitiligo impacta negativamente o potencial de casamento e causa problemas relacionais em mais de 50% dos casos. Depressão e ansiedade podem acelerar a progressão do vitiligo e diminuir a eficácia do tratamento.

A acne é altamente prevalente entre adolescentes e jovens adultos, afetando cerca de 85% dos adolescentes e está associada a um risco aumentado de estigmatização, bullying, depressão, ansiedade, baixa autoestima e ideação suicida. Uma revisão de estudos indicou que 19,2% dos adolescentes com acne sofreram alterações em suas vidas pessoais e sociais. Além disso, 45% desses pacientes apresentaram fobia social, em comparação com 18% do grupo controle.

A dermatite atópica também tem um mecanismo emocional que atua frequentemente como desencadeante ou é exacerbado por ela: a distorção cognitiva relacionada ao prurido. Isso cria um ciclo vicioso de coceira habitual e lesões cutâneas. Essa doença também está associada a ansiedade e depressão, que são exacerbados por alterações nos circuitos de recompensa do cérebro. Além disso, o estresse psicológico e a disfunção do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal podem agravar a resposta imune tipo 2 na pele, contribuindo para a progressão das lesões cutâneas. A dermatite atópica também impacta negativamente a qualidade de vida, levando a distúrbios do sono, baixa autoestima e isolamento social, o que pode intensificar o fardo psicológico.

Uma forma de queda de cabelos, chamada alopecia areata, tem essa correlação muito bem estudada. Uma pesquisa publicada no British Journal of Dermatology revelou que adultos recém-diagnosticados com esse problema, apresentaram taxas mais elevadas de depressão e ansiedade em comparação com a população geral. Além disso, esses indivíduos mostraram um risco 30% a 38% maior de desenvolver novos episódios de depressão e ansiedade após o diagnóstico, e uma probabilidade 56% maior de necessitar de licenças médicas do trabalho. Outro estudo observacional indicou que 38% dos pacientes apresentaram sintomas de depressão, enquanto 62% exibiram sintomas de ansiedade, com diferenças estatisticamente significativas em relação ao grupo controle. Um artigo publicado pela Universidade de São Paulo sugere que traumas emocionais podem preceder essa condição, indicando uma possível influência do estresse no desenvolvimento da doença.

Em termos de tratamentos dermatológicos, temos avançado significativamente nos últimos anos, oferecendo opções mais eficazes e personalizadas para os pacientes.

Com todo conhecimento atual sobre o eixo pele, sistema nervoso e sistema imunológico, sabemos que é crucial que o manejo de todas essas condições inclua uma abordagem integrada, tanto dos aspectos dermatológicos quanto os psicológicos, para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida.

Aos pacientes, fica minha dica. Tenha um dermatologista em que você confie. Tenha tempo para observar seus sentimentos e discuti-los com seu médico. Acredite nos sinais que sua pele lhe dá. Ela é o maior meio de comunicação que seu corpo tem com você. Os novos e melhores tratamentos farmacológicos não são suficientes se os fatores que causam e pioram sua doença, não forem também tratados. Por fim, lembre-se de que a melhora da sua condição também depende da mudança no estilo de vida e da saúde mental.

Dra. Gisele Basso Esteves Pires

dermatologista

Daniel Nacati
Assessor de Comunicação / Unimed Araxá
Tel: +55 (34) 9.8893-8809
imprensa@atres.com.br

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