Foto:| Crédito: Freepik
Especialista fala sobre possíveis sintomas da doença
A hematologista do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, Hatsumi Iwamoto, alerta para os principais sintomas da leucemia e para a importância de procurar um profissional médico para diagnóstico precoce da doença
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020, foram registrados 474.519 novos casos de leucemia no mundo, ocupando a 13ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes entre os sexos feminino e masculino. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima que mais de 11 mil casos de leucemia sejam diagnosticados entre 2023 e 2025. A campanha Fevereiro Laranja vem com o objetivo de aumentar as chances de cura para esta doença, por meio da conscientização sobre diagnóstico e tratamento precoce.
A leucemia é o câncer mais frequente na população com até 20 anos de idade, mas também acomete indivíduos idosos. Ela inicia na medula óssea, afetando a produção dos glóbulos brancos do sangue, conhecidos como leucócitos, que são as células de defesa do organismo. Desta forma, as células saudáveis do corpo humano passam a ser substituídas por células cancerígenas, que não funcionam de forma adequada, levando o organismo a ficar debilitado e suscetível a hemorragias e infecções.
A hematologista do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, Hatsumi Iwamoto, alerta para os principais sintomas da leucemia e para a importância de procurar um profissional médico para diagnóstico precoce da doença. “É preciso ficar atento aos sinais como aumento dos gânglios linfáticos, febre, perda de peso sem causa aparente, dor nas articulações. Com a perda dos glóbulos vermelhos, ou seja, a anemia, há fadiga, dor de cabeça e falta de ar. Ocorre também sangramentos e manchas ou pontos roxos na pele devido à alteração das plaquetas. É essencial buscar um especialista para a condução dos exames necessários para identificar uma possível leucemia e iniciar o tratamento correto”.
Segundo a especialista, o tratamento depende do tipo de leucemia diagnosticado. “Dependendo do tipo, pode ser realizado o tratamento com quimioterapia, radioterapia e transplante de medula óssea. No último caso, o sucesso depende da compatibilidade. Na maioria das vezes, irmãos consanguíneos são os mais indicados a realizarem o transplante. Daí a importância também da campanha Fevereiro Laranja para incentivo da doação de medula óssea”, explica.
A médica enfatiza que um estilo de vida saudável ajuda no fortalecimento do organismo e consequentemente no combate à doença. “A leucemia é uma das neoplasias hematológicas mais graves que existem. Não há uma forma de prevenção. Temos o fator genético que influencia no surgimento da doença, mas não há ainda uma causa pré-definida. Ter um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e a prática de atividades físicas ajudarão a fortalecer o sistema imunológico”, conclui.