A peça conta a história de Socorro e Zaninha, que são as mais antigas carpideiras do
sertão brasileiro e traz um olhar sobre a profissão de carpir os mortos | Fotos: Wladimir Raeder
O Grupontapé, cia. mineira de teatro criada, há mais de 30 anos, em Uberlândia-MG, inicia as atividades de 2025 com a estreia da peça “As Centenárias”. O lançamento será no dia 14 de fevereiro, às 20 horas, na sede do Grupontapé, e nos dias 15, 16, 21, 22 e 23 do mesmo mês, sextas e sábados às 20 horas e domingos às 19 horas.
O texto “As Centenárias” foi escrito por Newton Moreno em 2008 e àquela época, conquistou importantes premiações. Para a adaptação do Grupontapé a obra ganhou uma releitura mineira que traz temas universais como amizade, vida e morte em uma narrativa que mistura humor, reflexão e tradições culturais. “As Centenárias” é um dos textos mais emblemáticos do teatro contemporâneo brasileiro, mas com poucas montagens no país, o que torna esta produção ainda mais significativa. A história, que foca na amizade entre duas carpideiras, traz uma versão cheia de sutilezas, com a inserção de elementos locais que prometem encantar a plateia”, comenta o produtor do grupo uberlandense, Rubem dos Reis.
A peça conta a história de Socorro e Zaninha, uma por vocação e outra por escolha, que são as mais antigas carpideiras do sertão brasileiro e traz um olhar sobre a profissão de carpir os mortos. Sendo centenárias que não se sentem velhas, mas antigas, elas choram os mortos dos outros, em cânticos, orações e lágrimas, fazendo tudo isto para permanecer vivas, enganando e fugindo da morte. “Nós apostamos em elementos de originalidade, como a trilha sonora que traz emoção e conectará o público com o jeito mineiro de ser, além de cenários e figurinos que remetem ao sertão brasileiro. Estamos muito felizes com o resultado e agora ansiosos para apresentar ao público”, diz Katia Lou.
O espetáculo, cuja classificação indicativa é 14 anos, traz um misto de emoção e diversão para o público. “Nós sempre buscamos cumprir a nossa missão de levar espetáculos de qualidade, com o desenvolvimento humano por meio do teatro e ‘As Centenárias’ vem com esse propósito. Nesta montagem contamos com a colaboração de grandes nomes do teatro brasileiro. Tudo isso para levarmos ao público uma performance de alta qualidade”, comenta a co-fundadora e atriz do Grupontapé, Kátia Bizinotto.
Elenco
Kátia Bizinotto: atriz, gestora e produtora cultural, formada em Direito com especialização em Direito do Trabalho, Tributário e Neurociência pela PUCRS. Co-fundadora do Grupontapé, tem mais de 30 anos de atuação no grupo, presente em praticamente todas as produções. Liderou eventos como a Mostra Nacional de Teatro de Uberlândia e fundou a Comissão de Direitos Culturais da OAB Uberlândia. Advogada e pesquisadora, destaca-se por sua participação em seminários e palestras na área cultural.
Katia Lou: atriz, cofundadora e diretora artística do Grupontapé, licenciada em Teatro pela UFU e pós-graduada em Psicologia Positiva. Professora e coordenadora pedagógica da Escola Livre do Grupontapé, também é focalizadora de Danças Circulares Sagradas. Sua trajetória inclui clássicos do teatro brasileiro e projetos autorais, além de formar novos talentos no cenário teatral.
Rafael Patente: bacharel em Teatro pela UFU, tem experiência em cursos livres e produção artística, com atuações em Uberlândia e Belo Horizonte. Atualmente no Grupontapé, já integrou projetos culturais como “Tableaux Vivants” e “Investigate, Create, Share”. Com habilidades em gestão cultural, atuou como coordenador de produção, contribuindo, além de artisticamente, também administrativamente para o sucesso da montagem.
O autor
Newton Moreno, autor de As Centenárias, é um dos dramaturgos mais reconhecidos do teatro brasileiro contemporâneo por sua habilidade em criar narrativas profundamente poéticas e culturalmente ricas. Com uma carreira marcada por prêmios importantes, como o Shell e o APCA, suas obras abordam temas universais com um olhar único, trazendo reflexões que ressoam com públicos diversos. Essa trajetória consolidada reflete a importância de sua contribuição para as artes cênicas no Brasil.
A direção
Cris Lozano é atriz, diretora e professora de teatro, formada em Artes Cênicas e atualmente cursando Artes Visuais pela UNB. Foi Coordenadora Pedagógica da Escola Livre de Santo André e lecionou na SP Escola de Teatro. Atriz fundadora do Teatro da Vertigem (SP), trabalhou com renomados diretores como Maria Thais, Cibele Forjaz e Vladmir Capella. Fundadora da Cia La Leche dirigiu vários espetáculos e recebeu importantes reconhecimentos como as premiações da APCA e São Paulo de Sustentabilidade entre outros.
A equipe
A cenografia e o desenho de luz são assinados por Marisa Bentivegna com grafite cenográfico de Dequete e Preta em Flor, Flávio Arciole cuidou dos figurinos e adereços, a trilha sonora foi produzida por Makely Ka (canções originais) e Morris Picciotto ( ambiente e efeitos sonoros ), a preparação vocal foi conduzida por Babaya Morais e a preparação corporal por Vanilton Lakka; já a técnica de circo-teatro ficou a cargo de Fernando Neves.
O Grupontapé
Com 30 anos de trajetória, o Grupontapé é uma referência no teatro brasileiro. Fundado em Uberlândia, o grupo sempre se empenhou em inovar artisticamente, ao mesmo tempo em que valorizou a cultura local e a democratização do acesso à arte. As produções e projetos sociais da Cia. mineira reforçam o papel transformador do teatro, tornando-o um poderoso instrumento de reflexão e mudança.
Apoio cultural
O projeto “Grupontapé 30 anos” foi aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com o patrocínio da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig. Com isso, todas as apresentações da temporada de estreia serão gratuitas.
Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia.
Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação.
Com esse apoio, a estatal reforça o papel de ser grande incentivadora da cultura mineira, fortalecendo as produções artísticas em diversas regiões de Minas Gerais.
Para a empresa, apoiar espetáculos como “As Centenárias” é um reflexo do compromisso de preservar e valorizar a memória cultural de Minas, ao mesmo tempo em que promove a inovação e a acessibilidade à arte.
Já a montagem do espetáculo, que iniciou em janeiro do ano passado, teve o patrocínio da empresa Start Química, também por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
Serviço
Espetáculo: “As Centenárias”
Estreia: 14 de fevereiro de 2025, às 20 horas
Local: Sede do Grupontapé – Rua Tupaciguara, 471, Aparecida – Uberlândia/MG
Classificação indicativa: 14 anos
Ingressos: Gratuitos, com reserva no Sympla ou na sede do grupo.
Site: www.grupontape.com.br
Reserva de ingressos: clique aqui!
Ficha Técnica
Texto: Newton Moreno
Adaptação: Cris Lozano e Grupontapé
Direção: Cris Lozano
Elenco: Kátia Bizinotto, Katia Lou e Rafael Patente
Grafite em Cenografia: Dequete e Preta em flor
Preparação de elenco: Babaya Morais (voz), Vanilton Lakka (corpo), Fernando Neves (circo-teatro)
Cenografia e desenho de luz: Marisa Bentivegna
Figurinos e adereços: Flávio Arciole
Trilha sonora: Makely Ka e Morris Picciotto
Realização: Grupontapé, A Liberdade Mora em Minas e Governo de Minas Gerais
Mais informações
Érica Magalhães
Assessora de Imprensa
(34) 99199-9944