Foto: Farid
SAUDADE
Diante de mim
Um tapete imenso
Com fios de prata
A bordar o azul,
Um mar que se estende
Orlado de espuma
De rendas franjadas
Desfeitas na areia!
Asas de gaivotas
Planando no céu,
Que me vão levar
A outros oceanos
E esta saudade
Que me fere o peito,
Uma dor sem jeito,
A turbar-me o olhar!
Saudade tamanha,
Como um fogo intenso,
Neste mar imenso
Vestido de azul,
Onde eu me desnudo
Para me encontrar!
Saudade, ai saudade,
Nascida no Mar!
Maria Alice Bártolo
Parabéns pelo poema. Saudade – uma dor sem jeito.