O diagnóstico da doença é simples e pode ser feito por meio de exames
A hérnia de hiato consiste em um mal posicionamento de parte do estômago e do esôfago com migração para o tórax, através do hiato diafragmático esofágico (orifício na membrana muscular que divide o tórax e o abdome, pelo qual passa o esôfago para se unir ao estômago).
Segundo o médico gastroenterologista da Unimed Araxá, Lincoln Porfírio Ferreira Filho, trata-se do resultado de um enfraquecimento da musculatura e dos ligamentos que mantêm o estômago na cavidade abdominal. “Entre as causas podemos citar, por exemplo, atores que fazem pressão no estômago, dentro do abdome; caso da obesidade, da gestação, grandes volumes alimentares ingeridos, ingestão de bebidas alcoólicas, exercícios físicos intensos e grandes esforços que aumentem a contração da musculatura abdominal”, explica.
O diagnóstico de hérnia de hiato é simples e pode ser feito por uma radiografia do tórax, por uma endoscopia digestiva ou por procedimentos radiológicos, como o raio X contrastado do esôfago, estômago e duodeno, ou ainda, por procedimentos mais complexos como a tomografia computadorizada do abdome ou do tórax e a ressonância nuclear magnética.
Sintomas
A hérnia de hiato pode ser totalmente assintomática e o paciente nunca se queixar de sintomas relativos a ela, entretanto, por favorecer o aparecimento do refluxo do ácido estomacal e resíduos alimentares, pode causar uma série de sintomas como:
– queimação;
– azia;
– regurgitação alimentar;
– tosse (muitas vezes seca, e incomodativa);
– gosto ácido na boca;
– rouquidão;
– dificuldade para engolir;
– engasgos durante o sono;
– sufocação noturna ( asfixia abrupta que acorda o paciente sem respirar);
– e problemas respiratórios, como bronquite, bronquiolite, asma, pneumonias e até fibrose pulmonar (em casos mais graves).
Um dos sintomas importantes da hérnia de hiato quando associada ao refluxo é a dor torácica, que pode ser idêntica à do infarto do coração – emergência que precisa ser descartada na apresentação do paciente. “No paciente que possui a hérnia de hiato, um grande problema é fazer refeições logo antes de se deitar. Deveria haver um tempo de três horas entre a última refeição e o decúbito”, orienta Dr. Lincoln.
Tratamento
O tratamento da hérnia de hiato pode ser clínico ou cirúrgico. “Na grande maioria dos casos resolve-se a problemática do paciente com medidas de comportamento. É preciso, por exemplo, evitar grandes refeições, não se deitar após as refeições e evitar bebidas alcoólicas, sobretudo a cerveja, por essa ter maior quantidade de gás. Temos ainda medicamentos que atuam reduzindo a acidez estomacal e melhoram a motilidade do esôfago”, explica.
A opção cirúrgica é reservada principalmente quando o paciente não tolera fazer uso prolongado da medicação. Após avaliação da equipe médica, o procedimento cirúrgico pode ser endoscópico, laparoscópico ou cirurgia com abdome aberto. Na maioria desses casos confecciona-se uma válvula na transição do esôfago com o estômago. “Dessa forma, o estômago permanece inteiramente no abdome e o refluxo gastroesofágico é dificultado pelas correções anatômicas realizadas”, ressalta o médico.
Sobre a Unimed Araxá
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