Foto crédito: Pedrão
O músico mineiro Agá Erre está desenvolvendo projetos artísticos entre o Brasil e a França, mas no momento se dedica à divulgação de seu primeiro álbum, “Original Volume 2”, que se junta aos dois EPs lançados anteriormente. Com 10 faixas, o trabalho comprova a habilidade do artista na criação de melodias e harmonias e sensibilidade na eleição dos temas, surgidos da observação do dia a dia em diferentes circunstâncias. “Original Volume 2” reúne desde canções festivas (“Carnaval”), românticas (“Um Belo Dia”) a afiados manifestos (“O Morro”, “Go Fast”, “Orixás”). A diversidade comparece também na conjunção dos ritmos, entre rock, baladas e rap.
Acompanhado por reconhecidos instrumentistas da cena mineira, Agá Erre considera “Original Volume 2” o seu trabalho de maturidade e que reafirma sua mineiridade. “Mesmo atualmente morando na França e com passagens por outros países e cidades, com muitas histórias na bagagem, continuo um belo-horizontino autêntico, que fala das coisas da vida, da contemporaneidade, sem negar nossa herança”, conta o artista.
Alinhado a essa esfera sonora, Agá Erre confirma a afamada qualidade da música produzida em Minas Gerais. “Temos um cenário efervescente, sempre interessante, com muita gente surgindo, trazendo coisas novas e diversificadas. O interessante é que Minas tem o Clube da Esquina, mas também Skank, Jota Quest e Sepultura”, observa o cantor, listando ainda outros nomes. A propósito, a batida de “Roots Bloody Roots”, da banda metaleira, é referência em uma canção de “Original Volume 2”.
As gravações de “Original Volume 2” foram realizadas em vários estúdios e países, um procedimento recorrente nos dias de hoje, em virtude das facilidades oferecidas pela tecnologia digital: os vocais foram gravados em Toulouse (França), as guitarras de Guilherme Fonseca, em Seattle (EUA), mas boa parte do material foi registrada em Belo Horizonte, no estúdio Tutano, do baterista Davi Maciel, que cuidou da produção musical. Participaram também das gravações os guitarristas Bruno Egler e Doca Rolim, os baixistas Adriano Campagnani e Juninho Fiuza, os tecladistas Hugo Bizzotto, Pedro Guinu, Richard Neves e Walner Lucas e o baterista Léo Pires. Há que ressaltar também a presença de Amandine Cholez (backing vocals) e a contribuição do DJ Cubanito (Ruben Santillana) na construção sonora de todas as faixas do álbum.
“Original Volume 2” é pontuado pela diversidade e mistura de gêneros. Entretanto Agá Erre se considera uma cria do rock brasileiro. “Tenho uma veia de hip hop, da vivência das rua, a cultura da rima, mas a minha principal escola foi o rock anos 90, do Rappa, Charlie Brown Jr, Nação Zumbi, que tinham uma sonoridade muito particular, em que se destacava também os temas e letras de Yuca, Chorão e Chico Science”. Ele esclarece que ao passo que foi conhecendo outros gêneros e manifestações musicais, considerou em incorporar uma ou outra em seu trabalho.
Nesse ambiente, outra presença fundamental foi o skate. Agá Erre – Hian Rafael, no ambiente pessoal – conta que foi através da prática do skate que ele teve contato com o cotidiano das ruas, percebendo então a diversidade social, cultural e econômica existente em Belo Horizonte e, num cenário mais amplo, no país. “Fui educado primeiramente no Colégio Logosófico, mas no início da adolescência morava no bairro Nova Floresta, no alto de uma ladeira, perto da pista de skate, esporte que tem a ver com compartilhar, aceitar o outro, observar o caminho”, relata. O músico conta ainda que teve uma experiência pessoal com a violência, quando seu avô, dono de um bar, foi assassinado durante o trabalho. Segundo ele, a tragédia pessoal, a vivência nas ruas e os discos das bandas nacionais o levaram a buscar novas atitudes e comportamento. “Foram esses contrastes da cidade que me tornaram compositor”, avalia.
Agá Erre conta que escreve sozinho suas canções, tendo o violão como instrumento. Não tem educação musical protocolar, nem se considera um instrumentista profissional, mas é habilitado a tocar em vários ritmos e cadências. Atualmente dedicando-se integralmente à música, ele revela que está estudando teoria e harmonia com o guitarrista/violonista Amauri Ângelo.
Esse estudo se ajusta a um outro projeto que Agá Erre pretende apresentar na Europa, no próximo ano: um show-homenagem com repertório do compositor e poeta Vinicius de Moraes. Samba e violão estão também há muito tempo integrados na carreira do belo-horizontino. Agá Erre atuou por muito tempo em Paris, onde tocou no metrô e nas ruas, mas também em igrejas, pubs e cafés.
Ele pretende retornar à capital francesa para gravar o videoclipe de “Amizade”, faixa marcada pela mistura de idiomas presente em seu novo álbum. Após o lançamento de “Original Volume 2”, Agá Erre tem como objetivo principal colocar o seu carro na rua com um show impactante que promete deixar sua marca no cenário musical.
O álbum “Original Volume 2” disponível no dia 01 de dezembro em todas as plataformas digitais e o novo videoclipe “O Morro” no canal do YouTube.
Acesse: https://bfan.link/Aga-Erre-original-volume-2
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=I6FtjWaC38k
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