O Seminário de Economia da Cultura, que tem sua origem na cidade de Uberlândia-MG, agora chega a Ouro Fino
A cidade de Ouro Fino-MG receberá, nos dias 04 e 05 de dezembro deste ano, sempre às 19 horas, no auditório da Associação Comercial, Industrial e Agrícola da cidade – Acia, mais uma etapa do V Seminário de Economia da Cultura. Duas oficinas estão programadas para o evento, que tem entrada franca.
No dia 04, será realizada a oficina “Comunicação e /de Cultura”, conduzida pelo jornalista Paulo Eduardo Vieira. O treinamento abordará os temas Comunicação e Cultura: a relação da cultura com os veículos de comunicação. Hábitos de consumo de mídia no Brasil; Comunicação de Cultura: os espaços para a cultura nos veículos de comunicação. Como compreender os veículos e maximizar a visibilidade de produções e eventos culturais; A Cultura de Comunicar: a adoção de práticas e estratégias para relacionamento com a mídia para ampliar os espaços de divulgação.
Paulo Vieira destaca que será um momento de aprendizagem voltado não só para quem atua com cultura, mas também em segmentos que precisam se comunicar com a sociedade através dos meios existentes: “Nunca falamos tanto sobre a necessidade de comunicar e tivemos tantas ferramentas para isso. Porém ainda é uma atuação que sobretudo para aqueles que atuam em alguns segmentos como Cultura ou são pequenos empreendedores é vista como algo distante ou difícil de ser feito. Vamos falar sobre isso, tanto para quem age localmente e também com cultura. Há muitos caminhos, precisamos percorrê-los”, comenta.
Já no dia 05, o poeta, cantor, violonista, produtor cultural e compositor brasileiro, Makely Ka, ministrará a oficina “Plantando Cultura Orgânica”, contemplando na programação os tópicos: Teoria Básica – história da produção cultural brasileira, direito autoral e novas formas de licenciamento, sistema de arrecadação, crítica, mercado e indústria cultural, conceito de contra-indústria e de auto-produtor; Pequenos Criadores – paralelo entre os criadores independentes e os pequenos produtores rurais, monocultura x diversidade, uso de agrotóxicos x produção cultural orgânica; Criando Novos Mercados – novo conceito de sustentabilidade, pequenos espaços, plateias exclusivas, estabelecimento de vínculos duradouros, carreiras de longo alcance ao invés de memes virais.
Para Makely Ka, uma das questões mais urgentes da humanidade no momento diz respeito aos níveis de consumo das pessoas. Em novembro de 2022, o planeta ultrapassou a marca de 8 bilhões de pessoas. Segundo ele, todos os países ainda trabalham com a meta de crescimento e expansão da economia indefinidamente, como se não houvesse amanhã. Os movimentos pelo decrescimento, pela redução do consumo, pela desaceleração econômica, até meados dos anos 1980 eram geralmente ridicularizados pela opinião pública, taxados como alarmistas, radicais, apocalípticos. “Mas vamos aos poucos nos dando conta de que é somente uma questão de tempo. Há vários perigos iminentes que ameaçam a continuidade da vida no planeta. Um deles é o fim da diversidade das espécies, o que reduz as defesas naturais, propicia a proliferação de vírus e precipita epidemias e pandemias. Pode não parecer tão óbvio, mas a monocultura também interfere de forma radical na diversidade cultural de uma região. Acho que a tendência é o público cada vez mais valorizar um discurso que é condizente com a prática e que contribui para a diversidade cultural do país. Sem diversidade estaremos todos condenados à escassez e ao tédio”, afirma.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas no link disponível no perfil das redes sociais da produtora Balaio do Cerrado Produções (@balaiodocerrado), responsável pela organização do evento.
Seminário de Economia da Cultura
O Seminário de Economia da Cultura, que tem sua origem na cidade de Uberlândia-MG e já fez parte da programação da Semana da Cultura Popular de Ouro Fino, já foi realizado, neste ano, no Triângulo Mineiro, trazendo para o debate temas como “Direitos Culturais na Prática”, inclusive com a participação do secretário do Ministério da Cultura, Odecir Luiz Prata da Costa; “As Manifestações Populares e o Desenvolvimento das Cidades” e o inédito Prêmio Território Criativo, que premiou artistas e grupos do interior de Minas Gerais, com projetos que fomentam a cultural e a economia.
Para Rubem dos Reis, diretor da Balaio do Cerrado Produções, o evento em Ouro Fino é uma demanda da própria comunidade cultural da região. “Desde a sua primeira edição, o Seminário de Economia da Cultura é um evento que trouxe discussões que à época eram consideradas questões muito distantes e até utópicas. Ouro Fino entrou no circuito do Seminário e foi muito importante para a propagação dessas discussões. “Hoje, temos a materialização no mercado de muitos desses temas. Com o lançamento do prêmio Território Criativo, materializamos o reconhecimento do potencial da cultura na economia e ficamos muito animados para a realização desta etapa em Ouro Fino”, comenta.
O V Seminário de Economia da Cultura é promovido pela Balaio do Cerrado Produções, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e patrocínio da TS Trim do Brasil e conta com o apoio local da prefeitura de Ouro Fino e da Associação Comercial, Industrial e Agrícola da cidade.
Serviço:
O quê: Seminário de Economia da Cultura
Onde: Auditório da Acia em Ouro Fino-MG
Quando: 04 e 05 de dezembro de 2023
Horário: 19 horas
Mais informações:
Érica Magalhães
Assessora de Imprensa
(34) 99199-9944